quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

NUNCA É DEMAIS

COMO NOSSO TIME ESTREIA HOJE NÃO CUSTA NADA COMEÇAR A TEMPORADA AFASTANDO O MAL OLHADO E PEDINDO BENÇÃOS A NOSSO SANTO PROTETOR...

SALVE JORGE E VAI CORINTHIANS!!!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

PÓS JOGO - DESPEDIDA DO TIME C

Bom dia macacada, 

Ontem foi a despedida do time C, pois a promessa do Tite é entrar com tudo o que puder a partir de quarta-feira. Eu particularmente acho precipitado, aliás acho precipitados por em campo qualquer time que não seja o sub-15 pra jogar esses estaduais de merda que só servem pra atrapalhar o time.
Porém confio plenamente em nossa comissão técnica e entendo a necessidade de se dar ritmo de jogo aos que jogarão os jogos importantes da temporada.

No jogo em si o todo poderoso tratou de fazer logo um gol em uma bela jogada de Edenilson + Renato Augusto e uma conclusão certeira de Litle Romário cabeça de Sidshow Bob. Depois disso e com o calor do cão que estava fazendo o time foi administrando o resultado, contando com uma linda defesa do Danilo Fernandes e com a sorte e o pé torto de Rodrigo Posebon no ultimo lance de perigo da partida...

Quanto aos penaltys eu só digo uma coisa. Na minha opinião não foram, mas todos foram mais do que aquele ridículo para a Ponte Preta.

Agora é ver os campeões mundiais pegando rítimo

NOTAS

Danilo Fernandes: Ótima atuação do agora reserva imediato do Cassio. Que o maloqueiro Julio Cesar treine e fique nos cascos pra voltar aos braços da fiel. Ele é um de nós e sabe como aqui um virão pode ser herói da noite pro dia e vice e versa;
Edenílson: Mais ou menos na lateral. Não me conforme de ele não está sendo testado no lugar do Paulinho com o Guilherme fazendo a do Ralf
Felipe: Vem se portando muito bem provando que o técnico acertou em não emprestá-lo. Joga mais que mil Wallace
Gil: Vem me surpreendendo e jogando firme. Com a cirurgia do Chicão entra na briga pra jogar. Se o Tite mantiver o Paulo André no lugar do ano passado Felipe é favorito se o PA voltar pra sua posição original ele é o favorito
Igor: Desconhecido pra mim não apresentou nada demais, mas também não comprometeu... A zica de um bom reserva pro Fabio Corinthians segue
Guilherme Andrade: Eu acho que não tem bala na agulha pra jogar nesse time, está claramente sendo preparado para em uma emergência suprema substituir o nosso Pit Bull o que claramente não parece ter condição de fazer.
Guilherme: Dos reservas é o único que teria lugar no time titular SE Paulinho e Ralf não fossem dois MONSTROS. Se um dos dois sair ganha a posição
Giovanni: Futebol não é chute a gol. Trabalhe e toque mais a bola e terá futuro
Nenê Bonilha: Idem
Renato Augusto: Começou bem, e depois obviamente caiu. Sentiu o rítimo o que é natural, com o tempo vai ganhando seu espaço
Zizao: China carisma serve pra levar gente ao estádio. E na verdade nem é tão ruim assim
Welder: ???

Romarinho: Finalmente estreou na temporada, mas preferia ele na posição do Giovanni com o Leandro de 9
Willian Arão: ???  Tite:Não curti as modificações e não curti não ter dado chances ao xará em nenhum dos três jogos

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Fwd: Notícias do Timão - 18/01/2013 - CONFIRA!

ENTRE ELAS DESTACO MAIS UMA AJUDA DA MULAMBADA PARA O TODO PODEROSO. DEPOIS DE NOS LIVRAR POR UM ANO DO RAMON, NOS LIVROU PRA SEMPRE DO WALLACE...
VALEU MULAMBADA... ESPERO QUE LÁ ELE JOGUE JÁ QUE RECEBER SALÁRIO NÃO VAI 
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Notícias do Timão - 17/01/2013 - CONFIRA!


AVALIAÇÃO DA COPINHA - POR RICARDO TAVES

POR FALTA DE TEMPO E DE PALAVRAS MELHORES VOU DR UM CTRL+V DA AVALIAÇÃO DO RICARDO TAVES SOBRE NOSSA ELIMINAÇÃO DA COPINHA FRENTE O BAHIA QUE É CONSIDERANDO POR MUITOS O MELHOR TIME DA COMPETIÇÃO...

LEVANTEM A CABEÇA MULECADA... AQUI É CORINTHIANS!!! O Corinthians foi eliminado na Copinha, isso vocês já sabem. Mas o mais importante é que não caia todo um conceito por conta dessa eliminação.

Somos colecionadores de títulos da competição e ao mesmo tempo não revelamos tantos talentos. É melhor, portanto, montar um trabalho a médio e longo prazo para que os jogadores possam aos poucos serem lapidados e quando subirem ao profissional, chegar com a filosofia implantada.

O técnico Rodrigo Leitão pode não ser um motivador espetacular, sei lá. Conheço pouco. Mas o que vi me agradou no sentido de ser um estudioso. Esses meninos que agora levarão paulada – e é inevitável – jogarão novamente ano que vem e quando prontos, estarão prontos em todos os aspectos.

Um destaque para mim muito negativo foi o goleiro. Muito abaixo da crítica. 

No mais deixo a análise para o Gustavo Altman, responsável pela Copinha no blog. Nosso garoto de 14 anos se despede hoje mas volta no ano que vem.

Para quem quiser acompanhar o blog dele – http://redondafutebol.blogspot.com - está meio largado mas ele prometeu atualizar.

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Corinthians 0 x 1 Bahia – fica de aprendizado – por Gustavo Altman

Encerrou-se hoje a participação do Corinthians na Copinha. Mesmo sem ter chegado nem perto do desempenho da última edição, o saldo foi positivo.

É sempre importante ressaltar que a equipe estava com uma idade abaixo das demais. Um, dois anos nessa idade faz diferença. Mesmo assim, o Coringão não fez feio. Passou longe disso.

Evidente que elenco e a nação queriam mais um título para começar bem o ano, mas infelizmente não deu.

O trabalho da diretoria em cima desses jogadores, dessa vez, foi diferente. O planejamento é a longo prazo. Ano que vem esses mesmos jogadores estarão disputando a Copa São Paulo; mais maduros, mais inteligentes e mais rodados. 

A qualidade técnica desse time é inquestionável. São organizados e todos bons jogadores. Pecamos um pouco em nossa defesa, mas teremos um ano para corrigir todos os defeitos. Tempo mais que suficiente. Em 2014, eles estarão voando.

Quanto ao jogo, o Corinthians dominou boa parte dele. No primeiro tempo, só deu Timão. Tivemos boas chances, mas o Bahia foi mais eficiente. Em uma das poucas vezes que ameaçaram nossa defesa, deixaram a sua marca.

Viemos para a segunda etapa com a mentalidade de partir para cima. Nosso técnico foi ousado em suas substituições e pressionamos. Faltou, porém, mais calma. O nervosismo apareceu, fruto da pouca idade de nossos jogadores. Ponto que certamente será corrigido para a próxima disputa, sem sombra de dúvidas. 

A bola não entrou e o jogo acabou assim. Bahia 1 x 0.

Imagino que a molecada esteja de cabeça baixa em um momento tão delicado como esse. Mas não devem. Se estão lá, é porque merecem.

E repito: ano vem que vamos estar mais fortes ainda, e certamente voltaremos com a nossa rotina de um título logo no comecinho do ano.

VAAAAAI, CORINTHIANS!

P.S.: Junto com o Corinthians, a minha participação no blog na Copinha de 2013 termina aqui. Foi uma honra! Muito obrigado, e até a próxima! Valeu, Taves!!

ANÁLISE DOS JOGADORES

Caíque França - Não teve culpa no gol e no restante da partida foi pouco exigido.

Luiz Guilherme - Não subiu junto com o atacante no lance do gol. De resto, atuação regular.

Rafael - Falhou menos e teve uma atuação um pouco mais segura. Porém, ainda existem pontos a serem trabalhados.

Lucas Balardin - Segue o zagueiro vibrante que foi nas outras partidas. Fez uma boa competição, apesar de algumas falhas. 

PC - A maioria

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

NOTICIA DO DIA


Inspirada no Barça, diretoria do Timão monta elenco para 2014, 2015, 2016...

Com base nos ensinamentos de Ferran Soriano, Corinthians traz jovens, monta elenco para três, quatro anos e renova contratos da maioria deles. Manter-se no topo é a meta!


Renato Rodrigues e Rodrigo Vessoni 13/01/2013 - 07:03 São Paulo (SP)

A montagem do elenco de 2013 do Corinthians vai além desta temporada. As chegadas de Alexandre Pato (23 anos), Renato Augusto (24) e Gil (25) não apenas deixam o elenco mais jovem, como qualifica uma renovação silenciosa que a diretoria executa já pensando em 2014, 2015, 2016, 2017...

A ideia dos dirigentes é a de manter a base dos veteranos multicampeões (Chicão, Paulo André, Guerrero, Emerson, Jorge Henrique, Douglas, etc) para lutar por mais canecos nesta temporada mas, ao mesmo tempo, montar uma base para os próximos anos. Esse é um dos ensinamentos da atual administração do Barcelona, no livro de Ferran Soriano (abaixo), que virou mantra no Parque São Jorge (Gobbi fala disso abaixo).  

No esboço de um time titular montado pelo LNet!, é possível verificar uma equipe de qualidade bastante razoável, composta por jogadores de pouca idade, que poderiam atuar pelo Timão nos anos subsequentes sem sentir pressão (veja abaixo).

Objetivo disso é dar maturidade a jogadores que poderão, num futuro próximo, ocupar vagas que eventualmente serão deixadas por alguns dos veteranos. Algo que já está sendo feito, vide os casos de Cristian e Ralf, Elias e Paulinho, etc...

Sendo feito e com resultado dentro de campo. Após a conquista do título brasileiro de 2011, o Corinthians não se desfez dos seus titulares, trouxe Cássio e ganhou a Copa Libertadores 2012. Após o título da competição sul-americana, liberou apenas um jogador por setor (Castán da zaga, Alex do meio e Liedson do ataque) e foi campeão mundial. Como ensinou Ferran Soriano no livro, exemplo para Gobbi & Cia. 

Vale lembrar ainda que, para que essa renovação silenciosa dê certo, a diretoria faz sua parte em relação aos vínculos desses jovens. A maioria deles tem contrato com o Corinthians até a Copa de 2014. Ou seja, não haverá grande dificuldade em manter esse projeto de renovação (veja abaixo a lista dos atletas e seus contratos). 

A bola não entra por acaso...

COM A PALAVRA

Mário Gobbi Filho, presidente do Timão, ao LNet!

'Não mudamos mais de um por posição'

"É preciso antever eventuais alterações, transferências, vendas, etc. O que a prevenção faz? Antecipa isso, pausadamente. De onde tiramos isso? Do livro "A Bola Não Entra Por Acaso", lá conta a receita do Barcelona, você não muda por temporada mais de um jogador por posição. Se você pegar o Corinthians de cinco anos para cá, vai encontrar jogadores de 2008, como Julio Cesar, Alessandro, depois em 2009, veio o Ralf, Paulinho, Jorge Henrique, Douglas...é isso. Você não pode mexer muito. Nós vendemos um centroavante (Liedson). No meio, vendemos o Alex. Na defesa, o Castán. E só. O time é o mesmo e repusemos as peças com gente que está sendo preparada para entrar. Mesmo assim, é difícil. Só há um campeão. Por isso, eu sempre digo: 'É mais fácil um camelo passar num buraco, do que fazer do seu time campeão'"


COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO


Modernização é isso aew... Bem vindo século XXI


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

NOTÍCIAS DO DIA - VAI ZIZAO

Zizao agrada em treino e pode ser titular na estreia do Paulistão

Chinês é elogiado por Tite e pode ganhar oportunidade contra o Paulista, em Jundiaí. Técnico testa pela primeira vez o time que joga no domingo. O Corinthians pode ter uma surpresa na estreia da equipe no Campeonato Paulista, dia 20, contra o Paulista, em Jundiaí. O chinês Zizao foi testado no ataque em treino técnico realizado na manhã desta segunda-feira, no CT Joaquim Grava, e ganhou elogios do técnico Tite. O atacante pode começar a partida entre os titulares, já que, de acordo com o comandante, vem apresentando boa evolução nos treinos.

– Sim, há a possibilidade do Zizao. Está treinando bem, está legal, e contamos com ele. É uma possibilidade para o jogo, mas ainda não está definido – afirmou Tite.

Pela primeira vez, o técnico fez um esboço da equipe que pode estrear no Paulistão. Julio Cesar e Danilo Fernandes se revezaram no gol. Na sequência, o time teve Edenílson, Gil, Wallace e Welder; Guilherme e Guilherme Andrade; Giovanni, Renato Augusto e Romarinho; Élton. Zizao entrou na segunda parte da atividade, na vaga do meia Giovanni, e agradou à comissão técnica.

– Ele foi preparado para esse momento. Sua ansiedade é natural, mas eu disse para ele trabalhar e se recuperar dos problemas que teve no início. Hoje, está competindo mais, o condicionamento técnico melhorou, e as oportunidades vão surgir agora. Ele é merecedor dessa possibilidade, pela qualidade técnica que tem. Os jogos vão mostrar sua real capacidade – analisou Tite.

O chinês só fez uma partida com a camisa do Corinthians, contra o Cruzeiro, em 17 de outubro do ano passado. Ele jogou cerca de dez minutos ao entrar na vaga de Welder, e depois não foi mais aproveitado. Na volta das férias, Tite viu um Zizao mais preparado para jogar. O técnico vai dar oportunidade ao atacante no início da temporada.

Se Zizao realmente jogar, a tendência é que entre na vaga de Giovanni ou Renato Augusto. Este último, recém-contratado pelo Corinthians, será avaliado diariamente para saber se terá condições de jogo contra o Paulista. A mesma coisa ocorre com o zagueiro Gil. Caso ainda esteja abaixo de sua condição ideal, ele será substituído por Felipe.

COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO

Zizao veio, treina como um leão e se treina segundo o Tite tem de merecer a sua oportunidade. Claro que ele é fraco. Nem da seleção da China ele é, e olha que a seleção da China é uma bela porcaria quem nem deve vir a Copa de 2014.

Jogador de futebol ele é. Se por acaso chegasse ao extremo de se enrolar com a bola, Tite com certeza já teria dispensado o cidadão. E como não dispensou, andou agradando e tem uma disciplina típica oriental, esperou, esperou, esperou e sua hora chegou

Tomara que ele estreie e que jogue bem. Bons reservas são sempre importantes em um grupo que pretende ganhar tudo o que disputa, e é isso que o timão quer.

#jogazizao

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

NOTICIAS DO TIMÃO

Tite inicia temporada sem qualquer problema dentro ou fora de campo 
(BY LANCENET)


Calmaria, apoio da torcida, elenco forte, tempo de sobra, salários e premiações em dia, confiança lá em cima, esquema tático definido e com todos reforços que pediu...
(Renato Rodrigues e Rodrigo Vessoni 14/01/2013 - 06:06 São Paulo (SP))

É difícil prever como o Corinthians de Tite terminará 2013, mas é fácil descrever como será esse início da atual temporada para o treinador campeão da Libertadores e do Mundial: em céu de brigadeiro. 

Ao contrário de vários colegas de profissão e até mesmo de anos anteriores de sua carreira, o comandante do Timão não tem motivos para quebrar a cabeça. Nem dentro nem fora de campo. O que já foi problema, não é mais. O que era ruim, agora é bom. O que estava errado, foi consertado. Notícias que não eram boas, agora são. Enfim, tudo azul...

A começar pela montagem da equipe. O Corinthians não apenas manteve a base, com a permanência dos principais homens, como se reforçou. E não por qualquer jogador. Os três pedidos de Tite à diretoria foram atendidos. O treinador queria Gil para a zaga, Renato Augusto para o meio e Pato para o ataque. E todos vieram. Na gíria do futebol, os planos "A" foram trazidos – em 2012, clube quis Montillo, veio Douglas.

Vale lembrar que, ao manter a base, outro problema passará longe das mãos de Tite: a parte tática. Até os torcedores mais alienados sabem que a equipe atua no 4-2-3-1. Quem está lá, já sabe. Quem chega agora, que são poucos, não deve ter tanta dificuldade para se enquadrar. É colocar em campo e desempenhar!

A manutenção da base campeã e a chegada do trio que estava na Europa foi possível pela situação financeira do clube. Isso, sem dúvida, é mais um motivo de tranquilidade para o treinador, que não precisará cobrar empenho de jogadores que estão sem receber salário ou premiação. Tudo está em dia no clube. Essa grana, aliás, que ajudou a segurar Paulinho, Ralf, entre outros.

Se já não bastasse tudo isso, ainda haverá tempo para entrosar os três reforços e preparar a equipe para os momentos mais decisivos do Paulista e o início da Libertadores. O Corinthians é o último brasileiro a estrear na competição sul-americana – dia 20 de fevereiro, contra o San José, na Bolívia. No Estadual, como classificam os oito melhores, é possível mesclar titulares e reservas para se manter numa posição tranquila, que dá vaga nas quartas de final – no ano passado, ficou em 1 na fase inicial e caiu no mata-mata.

Por fim, a sequência de títulos. Campeão da Libertadores e do Mundial, a confiança será a marca dessa equipe no início de ano. Além disso, a boa fase ainda fará com que o clima seja tranquilo, com apoio irrestrito da torcida, que não estará tão "pilhada" como em anos anteriores na Copa Libertadores. Sorria, Tite!


COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO


O ano começa mesmo na mais perfeita paz e tirando as contratações estamos fora dos noticiários o que no meu ver é muito bom.
Os jogadores que chegam, vem com condições de ser titulares o que não quer dizer que serão, se tem uma coisa que nosso professor prega é o merecimento pelo esforço. Por não entender isso Martinez foi-se e da mesma forma será com Pato, Gil e Renato Augusto.
Sou contra estaduais e por mim podia por o sub-15 pra jogar essa joça, mas dar chances a os vindos da base, mas os poucos aproveitados ano passado e até os sacados do time como Julio César vai ser bom pra deixar todo mundo na ponta dos cascos quando necessário.
No meu cenário ideal seriamos bi da libertadores invictos, mas na verdade acho que o melhor pro time e perder a estreia pro Tijuana no México pois assim sai logo o peso da invencibilidade das costas e pode se concentrar no mais importante.
Que esse seja mais um ano histórico para nós, mas o mais importante que a torcida siga mostrando que aqui não é torcedor modinha e acompanhe o time em todas as situações e partidas.

VAI CORINTHIANS!!!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

CARTAS DE YOKOHAMA - POR PAULO ANDRÉ

Começando o ano e tentando voltar aos post, vou começar reproduzindo o texto do nosso ótimo Zagueiro/Modelo/Artista Plástico/Escritor/Intelectual Paula André, homem de texto certeiro e correto... Deleitem-se loucos do bando

"DO SUSTO AO VER O CHELSEA PASSEAR CONTRA O MONTERREY À EMOÇÃO SENTIDA NA PALESTRA DO TÉCNICO TITE.
OS DIAS QUE ANTECEDERAM A MAIOR CONQUISTA DA HISTÓRIA DO CORINTHIANS NARRADOS PELO ZAGUEIRO CORINTIANO."
Por PAULO ANDRÉ*
Foto: Fernando Roberto
QUINTA-FEIRA, 13/12, 18h 
Chegamos ao hotel Sheraton, em Yokohama, e fomos direto a um espaço exclusivo, instalado no 4° andar, onde fizemos, a partir de então, todas as nossas refeições. A comida, que era preparada magistralmente pelo chef Jaime – cozinheiro oficial da CBF que nos acompanhou nessa viagem – já estava pronta e a Cris, nossa nutricionista, supervisionava todos os detalhes da mesa e fornecia comprimidos com suplementação específica para cada jogador.
Eu estava cansado porque não havia conseguido dormir bem na noite anterior, em Nagoia, depois do difícil segundo tempo contra os egípcios do Al-Ahly. Apesar do corpo destruído pelo cansaço, a cabeça estava a mil tentando achar soluções para os nossos problemas. Durante o jantar, fomos informados de que a saída para assistir ao jogo entre Chelsea e Monterrey era às 19h, e o grupo de atletas que queriam ir ao estádio era enorme. Seria uma forma de reconhecer o local, sair um pouco do hotel, ver os adversários com os próprios olhos. Tudo isso poderia ajudar em nossa preparação, mas, durante o jantar, o Martínez e o Guerrero, que dividiam a mesa comigo, me convenceram a ficar no hotel. Disseram que poderíamos conversar durante o jogo, tranquilos e sem passar frio. Eu estava curioso para ver o Chelsea, mas o cansaço de nossa partida contra o Al-Ahly e a viagem de trem que havíamos acabado de fazer pesaram. Resolvi ficar e, ao entrar no meu quarto e esticar o corpo em cima da cama, percebi que tinha feito a escolha certa. Olhei para o relógio, já eram 19h30 e eu nem tinha me mexido, ainda. Estava no meu quarto, sozinho, e resolvi ficar por ali mesmo.
Já nos primeiros minutos ficaram evidentes o domínio e a facilidade com que os ingleses comandavam a partida. Perdi o sono e comecei a prestar mais atenção na maneira como faziam aquilo. Para falar a verdade, comecei a ficar preocupado com o que estava por vir. Pela TV, parecia que eles estavam um nível acima do nosso, algo mais poderoso do que havíamos enfrentado até então. Não conseguia entender por que os jogadores do Monterrey não agrediam a marcação, não eram agudos quando roubavam a bola, e, pior, perdiam todas as divididas. Quando levavam a bola para um dos lados do campo, não conseguiam trocar quatro passes sem que o Chelsea a roubasse novamente. O time inglês era compacto, forte e veloz e a impressão que eu tive foi a de que eles nem precisaram pisar fundo no acelerador para vencer a partida.
Assim que acabou o jogo, às 21h30 do horário local, eu capotei. Acordei às 7h30 do dia seguinte, curiosamente a minha melhor noite de sono desde a chegada ao Japão.
SEXTA-FEIRA, 14/12, 8h
Desci para o café e fui averiguar como foram as impressões de quem havia acompanhado o jogo in loco. "Estádio grande"; "o campo é um pouco maior que o anterior"; "não estava tão frio"; "um jogo bom". Senti algo estranho no ar. As informações eram superficiais, ninguém falou que o time dos caras era bom ou que o jogo seria difícil. Parecia que ninguém queria assumir os sentimentos que aquele passeio dado pelo Chelsea resultou em nossa mente.
Só quando o Felipe, zagueiro e meu companheiro de quarto, acordou é que pude arrancar as reais impressões e reações daqueles que foram ao jogo. Em resumo, ele disse que ficou surpreso e assustado com a qualidade do nosso adversário na final. Exatamente como eu, pensei. Ninguém assumiu o medo e a insegurança gerados a partir dali, mas, no semblante, todos demonstravam preocupação.
No final da manhã, fui ao quarto do Bruno Mazzioti, fisioterapeuta, para o tratamento de manutenção dos meus joelhos. A "sala de fisioterapia" era um quarto normal no 11° andar. Naquele espaço havia duas camas, vários aparelhos e instrumentos de atendimento. Estirados sobre as camas estavam Douglas, com uma dor no adutor, e Fábio Santos, reclamando do músculo posterior da coxa. Sem opções, puxei uma cadeira, estiquei a perna por cima da cama e comecei a receber tratamento no tendão. De repente, o Fábio me olha e solta: "Nós vamos ganhar, Paulo?". Aquela pergunta trouxe à tona tudo o que eu havia visto e sentido pela TV. Eu tinha ficado impressionado com a qualidade do Chelsea e sabia que não era o único a ter tido aquelas impressões, mas estava numa posição delicada, perigosa. O que eu dissesse poderia mudar a cabeça de dois jogadores muito importantes na nossa equipe. Eu não podia ser indiferente, não podia dizer que sim ou que não. Precisava compartilhar o que eu estava sentindo e minha resposta deveria ser suficientemente verdadeira para convencer aqueles dois companheiros de que a luta valeria a pena na batalha que estava por vir. E então saiu: "Só ganharemos se tivermos coragem, Fábio. Coragem para assumir riscos, fazer passes quando a vontade é dar chutão e afastar o perigo. Não podemos deixá-los com a bola nos pés o tempo todo. Temos que cutucá-los com força, chegar à frente e, sem dúvida, pressioná-los no campo deles quando a vontade for ficar esperando, para não errar e abrir espaço. Se fizermos isso, formos pra cima, teremos grandes chances".
"Então acho que vamos ganhar", rebateu Fábio. Meio que sem querer, a conversa mudou de rumo e seguiu num tom ameno e divertido, sem o peso que estávamos carregando nos ombros. O Fábio relembrou a história do Edenílson, que em Nagoia, dias atrás, havia sido questionado pelo Guilherme Torres, que olhava atônito pela janela do quarto: "É neve, Edenílson?". "Não, não, são pernilongos albinos".
Na hora do almoço, fui informado de que daria, ao lado do Guerrero, a entrevista coletiva. Apesar de estar acostumado comas entrevistas, daquela vez foi diferente. Havia dezenas de câmeras e jornalistas do mundo inteiro. O ambiente estava uma loucura e eu sabia que minhas palavras poderiam repercutir no mundo todo. Comecei falando de nossa vontade de vencer, dei algumas impressões sobre jogadores da equipe inglesa e como trabalharíamos isso na final. "Como parar o Chelsea?", alguém perguntou. Não sei por que,mas veio à minha cabeça o jogo contra o Santos pela semifinal da Libertadores, quando conseguimos parar o Neymar. Segui essa linha de raciocínio porque era o que precisava ser feito para termos alguma chance na final. Só que para colocar a teoria em prática teríamos uma distância muito grande a percorrer.
No final da tarde, saímos para treinar. O clima continuava tenso. Fomos para uma sala, ao lado do campo, que foi usada como vestiário para que passássemos ataduras, pomadas e fizéssemos um aquecimento prévio. Antes, paramos para um cafezinho, enquanto a caixa de som do Sheik tentava dar um ar descontraído ao ambiente, que tinha Paulinho e Julio Cesar colocando apelidos nos mais novos, Romarinho e Guerrero atirando qualquer coisa que voasse na cabeça dos que estivessem por perto, e a velha guarda, Chicão, Alessandro e Danilo, esticando as juntas e iniciando o alongamento.
Surpreendendo a todos, Tite entrou e pediu para alinharmos as cadeiras em círculo, de forma que ele pudesse falar. Aquela seria a primeira vez que ele faria um discurso desde o jogo contra o Al-Ahly, havia dois dias. Ele começou dizendo que entendia como era difícil ter toda a responsabilidade do mundo sobre os ombros. Não analisou friamente o primeiro jogo, mas se colocou na nossa pele e entendeu o que nos fez recuar e permanecer acuados enquanto o time egípcio trocava passes em frente à nossa defesa. Em vez de "dar uma dura", ele estava do nosso lado, mostrando-se compreensivo e, principalmente, um leitor perfeito dos nossos sentimentos naquele jogo. Então ele se aproximou de nós, repetindo que também sentiu pressão, demonstrando que ele também é humano, passível do peso da responsabilidade, o que nos fez muito bem. De repente, ele parou. Aumentou a respiração, chegou a ficar ofegante. Mudou as feições. Sua pele começou a enrubescer. Lentamente, ele olhou no olho da cada um. Girou o corpo até dar a volta completa e gritou: "Vocês vão olhar no olho dos caras, vocês vão dentro deles". Seus olhos começaram a marejar. Naquele momento, a emoção tomou conta da sala e a vontade era de que o jogo começasse ali. Estávamos prontos para a guerra. Eu não sei como, mas as dúvidas se transformaram em certezas, o frio na barriga se transformou em coragem e uma sensação de conforto me invadiu. Ele dizia, no gauchês: "Nós vamos a morrer, até o fim. Não vamos parar, não vamos desistir. Eu quero e trabalhei a vida inteira para chegar aqui, alcançar o meu sonho, disputar essa final. Nós não vamos fazer como o outro time. Nós não vamos demorar 50 minutos para dar uma chegada em alguém. Eu não quero saber quem está do outro lado, eu quero competição, com lealdade, mas vamos dentro dos caras. Só precisamos repetir tudo aquilo que nos trouxe até aqui. Da mesma forma. Não vamos mudar nada, vamos jogar muito e vamos merecer vencer. Ao trabalho", disse, apontando para o campo e terminando sua palestra.
SÁBADO, 15/12, 12h
Durante o almoço, o Fabio Carille, auxiliar do Tite, passou de mesa em mesa procurando os seis jogadores que compunham o sistema defensivo. Alessandro, Chicão, eu, Fabio Santos, Ralf e Paulinho fomos convidados para uma reunião que aconteceria dali 15 minutos. Nosso encontro foi, mais uma vez, no quarto da fisioterapia. Como quadro-negro em forma de campo e uma caneta esferográfica na mão, Tite começou: "Eu quero informar vocês que já conversei com o Douglas e quem vai jogar no lugar dele será o Jorge Henrique. Nós precisamos de mais velocidade nas beiradas, precisamos acelerar tanto a transição defensiva para ofensiva como a transição ofensiva/defensiva. O Jorge vai fazer a função que fez contra o Santos, na semifinal da Libertadores. (Nessa hora, pensei: Foi tudo o que falei para a imprensa ontem. Sem querer, entreguei o ouro para o bandido. Será que o Tite está bravo comigo?) Ele vai bloquear o lado esquerdo do adversário, auxiliando o Alessandro na marcação do Hazard e do Ashley Cole". E prosseguiu: "Se eles vierem com Ramires, Mikel, Hazard, Mata, Oscar e Torres, acontecerá o seguinte: nossas duas válvulas de escape serão Paulinho e Fábio Santos. Por quê? Porque o Mata não fica enfiado na ponta direita, ou seja, teremos que fazer a bola chegar rápido naquele setor para conseguirmos triangular e sair. Se fecharem aquele espaço, o Paulinho vem buscar a bola entre os zagueiros e vai conduzi-la. Pode se mandar, Paulo, eles não vão te acompanhar. Caso contrário, Paulo André e Chicão têm a opção do fundo, com Sheik e Jorge Henrique".
E foi assim, sentados na cama do quarto, que definimos a tática que seria usada na grande final. Naquela noite, apesar da ansiedade, recebemos um brasileiro, amigo do Felipe, que mora há muito tempo no Japão e vende produtos eletrônicos desbloqueados. Ele foi ao nosso andar no hotel e o corredor virou um espaço para negócios. Jogadores, integrantes da comissão, rouparia e cozinha testavam aparelhos, faziam contas e compravam iPhones, iPads e máquinas fotográficas de todos os tipos.
Fui para o quarto. Estava sem sono e resolvi arrumar a mala. Minha logística era mais complicada, porque eu mandaria algumas coisas de volta para o Brasil pelos companheiros e a outra parte seguiria comigo nas férias, nos Estados Unidos. Enquanto organizava as coisas, percebi que minhas mãos tremiam, não tinham firmeza para manusear as roupas. Não era o frio, mas sim ansiedade e tensão às vésperas do momento mais importante da minha vida. Quando percebi aquilo, sorri. A maturidade me permitiu perceber e aproveitar cada segundo daquela caminhada rumo ao dia D. Senti-me realizado por viver um momento como esse, mesmo que repleto de inseguranças e incertezas, porque estava confiante de que essa preocupação exacerbada não me deixaria falhar. Eu estaria atento demais para cometer um erro bobo, afinal, batalhei por 15 anos da minha vida sonhando disputar uma final como essa. As mãos foram se aquietando e fui relembrando toda a trajetória desse time. As agruras do Campeonato Brasileiro de 2011, com seus momentos trágicos e mágicos; a construção do título da Libertadores, do qual não pude participar; e, agora, um Mundial que estava tão perto e tão longe ao mesmo tempo. O bendito fuso horário finalmente serviu para alguma coisa. Quase que imediatamente após deitar, capotei.
DOMINGO, 16/12,
DIA DA FINAL, 11h40
Descemos para a última reunião do ano. Como de praxe, o primeiro slide da apresentação já estava disponível no telão: "Se você está percorrendo o caminho dos seus sonhos, comprometa-se com ele. Assuma o seu caminho de vitória. Enfrente-o com CORAGEM". Em voz alta, o Tite leu essas palavras e iniciou seu discurso de motivação. Logo em seguida, passou três ou quatro vídeos curtos com os princípios de jogo e as estratégias que ele jamais nos deixa esquecer – em sua maioria, são nossos próprios exemplos de atitude e estratégia retirados de jogos importantes que fizemos durante todo o ano. Ele sempre bate na tecla de que foram esses esforços que nos conduziram por caminhos de sucesso nos últimos dois anos. Já vimos centenas de vezes os mais de 30 exemplos que ele nos dá, e ele sabe como ninguém evidenciar aquilo que é mais importante e que precisa ser enfatizado. Em seguida, assistimos aos curtos vídeos sobre o Chelsea, onde vimos pontos fortes e fracos. Novamente, pensei comigo mesmo, uma ação cirúrgica da comissão técnica, que conseguiu produzir um material encorajador, por conta da quantidade de falhas que encontramos na equipe inglesa. Nos pontos fracos vimos uma equipe com grande dificuldade na transição defensiva quando sua primeira linha de marcação era ultrapassada. Pelo menos era o que mostrava a maioria dos gols sofridos por eles na Liga dos Campeões e no Campeonato Inglês.
Inconscientemente, ganhamos confiança, sentimos que eles eram de carne e osso. Tite não terminava a palestra e repetia coisas que já havia dito, não para reiterar, mas para espantar seu próprio nervosismo e certificar-se de que havia nos passado tudo. "Frio na barriga", confessou, quando percebeu o que estava acontecendo.
Por fim, ele nos entregou uma matéria que saíra no site da Fifa naquela manhã, falando sobre a multiplicação do time em campo, a disposição e a solidariedade com que aquela equipe jogava desde a Copa Libertadores. A tarde foi sem fim. A hora não passava. O sono não aparecia e o frio na barriga aumentava.
DOMINGO, 16/12,
SAÍDA PARA O ESTÁDIO, 17h
Finalmente, estávamos todos sentados e posicionados no ônibus que nos levaria ao estádio. Tite chamou o Alessandro, que saiu do penúltimo banco à esquerda e foi ao encontro do treinador. Conversaram baixinho. Alguns segundos depois, desceram as TVs do ônibus e um vídeo começou a ser transmitido. Era mais uma produção da comissão, com a participação de nossos familiares. Cada um dos 23 jogadores estava sendo representado por alguém – mãe, pai, filhos, irmã ou irmão. Até a mãe do Guerrero e o pai do Martínez haviam sido gravados pelo Skype.
Tudo muito emocionante, até que um dos pais começou a chorar, dizendo que o filho merecia estar ali, que era um exemplo e que voltaria campeão do mundo. Ninguém se moveu, todos evitaram olhar para o lado. Não era hora de chorar! A garganta segurou o choro, os olhos se encheram de lágrimas, a vontade de representar nossos familiares aumentou. O corpo todo estava arrepiado quando o vídeo acabou. Uma salva de palmas trouxe a normalidade ao ambiente enquanto uns olhavam de um lado para o outro para ver o tamanho do "estrago" feito por aquela surpresa. Ficou claro que o Tite queria saber a opinião do nosso capitão Alessandro com relação à apresentação, ou não, do vídeo. Emocionar demais os atletas seria bom ou ruim? Foi na medida certa, estávamos prontos para o jogo.
Ao chegarmos ao vestiário, cada um encontrou seu material e a camisa de jogo pendurada no cabide. Eu sentei no meu box, respirei fundo e percebi que não tinha mais para onde correr. Na minha frente estava a maca na qual os enfermeiros e fisioterapeutas trabalhavam em ritmo acelerado. Uma fila se formou naquele lugar.
Cássio foi o primeiro, depois o Chicão, Alessandro e Guerrero. Quatro injeções em menos de três minutos. Lembrei-me das inúmeras injeções que tomei nos últimos anos, a maioria delas para conseguir passar aqueles 90 minutos sem dor. Não precisei disso desta vez, mas estava atento e solidário porque sabia exatamente o tamanho do sofrimento e da dificuldade de cada um deles. Mas uma coisa me chamou a atenção: Cássio saiu de uma maca e foi para outra para que o Bruno Mazziotti mobilizasse seu ombro. Algo que já o vinha incomodando há meses e que, às vezes, ele dizia impedi-lo de levantar o próprio braço. Como eu me lembro de tudo isso? Ainda faltavam 30 minutos para o aquecimento e eu não tinha o que fazer ali dentro. Peguei meu celular e comecei a escrever tudo que estava acontecendo. Foi algo especial que me fez observar o Cássio naquela noite. Sua expressão de dor era nítida, mas tinha um olhar profundo, como quem estava concentrado, visualizando o que estava por vir – se bem que, talvez, nem em seus melhores sonhos ele imaginasse que iria apresentar tamanha perfeição muito em breve. No corredor, aguardando o comissário da Fifa que autoriza a entrada das duas equipes no campo, perfilamos ao lado do time inglês. O Ivanovic, um defensor alto e muito forte, começou a bater no peito como se estivesse pronto para a briga. Confesso não ter me impressionado, mas gostei da tentativa. Ao subir a escadaria que nos levou até o campo, senti uma alegria indescritível. O som do estádio aumentou e a nossa torcida fez uma verdadeira festa, dominando a cena no Yokohama Stadium.
O juiz deu início à partida e, dali para frente, eu pouco consigo lembrar. As imagens devem falar muito mais do que eu poderia escrever. De qualquer forma, quando saímos para o intervalo e caminhamos até o vestiário, o encorajamento e a confiança tinham tomado conta do grupo. Sentamos no chão à espera do Tite, que, antes de passar as instruções, tem o costume de se reunir com três ou quatro membros da comissão para definir o que será passado, em termos de mudança, a nós, jogadores. Enquanto ele não aparecia, individualmente alguns jogadores tomaram a palavra. Alessandro disse que estava ótimo e, se continuássemos assim, ganharíamos. Paulinho repetiu, cobrando ainda mais intensidade. Eu pedi calma, pois teríamos mais espaços para jogar e, se mantivéssemos a marcação, teríamos a bola do jogo nas nossas mãos. E assim foi, de boca em boca, que a confiança explodiu em nossos corações. Após o jogo, eu cheguei à conclusão de que, enquanto chegávamos ao vestiário pensando: "Caramba, dá pra ganhar", o Chelsea foi para o intervalo pensando: "Caramba, dá pra perder". E o que se viu no segundo tempo foi exatamente isso. O gol do Guerrero veio coroar um segundo tempo magistral que fizemos. Fábio Santos e Danilo tabelavam pela esquerda como se estivessem na rua de casa. Paulinho se soltou mais e encontrou um buraco no meio-campo inglês. Jorge Henrique estava extenuado e, mesmo assim, não desistiu de nenhum lance. Nós, da defesa, mantivemos a coragem e seguramos a linha de quatro o mais alto possível. Enquanto Alessandro barrava o melhor jogador da equipe londrina, Cássio fazia seus milagres no estádio de Yokohama. Emerson Sheik aproveitou sua malandragem para expulsar o zagueiro adversário e o Ralf corria três vezes mais que qualquer um de nós. Depois, Wallace entrou para segurar a bola aérea e o guerreiro Paolo deu lugar para Martínez.
Quando o juiz decretou o fim do jogo, só consegui dizer: "Campeão do Mundo, Campeão do Mundo, Campeão do Mundo!" A cabeça percorreu o estádio, pensou em cada corintiano que atravessou os continentes e estava ali testemunhando aquela noite inesquecível. Procurei meu pai e meu irmão por duas voltas olímpicas, mas não os encontrei. Só abraçaria os dois loucos lá de casa no dia seguinte, no café da manhã. Dei algumas entrevistas. O sorriso não saía do rosto.
Voltamos ao hotel. Tomamos champanhe, cerveja, refrigerante e comemos, pela primeira vez em 15 dias no Japão, a verdadeira comida japonesa, com sushi e sashimi à vontade. Depois da celebração com toda a comissão e funcionários, subimos aos quartos para arrumar as malas. Fábio Santos, Douglas, Sheik, William Arão, Bruno Mazzioti, Edu Gaspar (gerente de futebol), Cleber (auxiliar do Tite), Duílio Monteiro Alves (diretor-adjunto de futebol), Roberto Andrade (diretor de futebol) e eu sentamos no chão do corredor do hotel e, como bons amigos de uma jornada incrível, começamos a conversar sobre toda a nossa caminhada até ali. Outros jogadores foram se aconchegando e o papo não teve fim. Ficamos até as 6h da manhã dividindo histórias e rindo da vida. Lembranças, amigos e sentimentos que jamais deixarão o meu coração e a minha mente. Somos campeões do mundo! Mas esse mesmo coração já começa a vislumbrar 2013 e quer voltar a bater acelerado com novas conquistas e grandes histórias. Quem sabe não voltarei aqui para contá-las?
Foto:AFP
*Texto extraído do blog do Paulo André  (http://www.pauloandreoficial.com.br/site/)